Aplicativo auxilia no tratamento de pacientes com esclerose múltipla e promove qualidade de vida

Emvita: Tecnologia ajuda no cuidado de uma das doenças que mais acomete adultos jovens


A esclerose múltipla, doença que afeta principalmente mulheres entre 20 e 40 anos, é uma das condições neurológicas mais comuns entre adultos jovens em todo o mundo. Agosto, por meio da campanha “Agosto Laranja”, promovida pela Associação Amigos Múltiplos pela Esclerose (AME), é o mês dedicado à conscientização sobre o tema. Um dos destaques deste ano é o aplicativo “Emvita”, desenvolvido pela Núcleo de Neuroimunologia (NNI) – grupo formado pelo Davi Queiroz e Jessica Vaz, neurologistas, além do Richter Queiroz – responsável pelo desenvolvimento e gerenciamento do projeto. O aplicativo objetiva melhorar o acompanhamento e a qualidade de vida dos pacientes.

A esclerose múltipla se caracteriza por surtos que afetam o sistema nervoso central, danificando neurônios e a substância que os reveste, a mielina. “É como se os neurônios fossem fios elétricos, e a mielina a capa protetora desses fios. Quando essa capa é destruída, ocorre o mau funcionamento do neurônio”, explica a dra. Jéssica.

Embora não haja aumento significativo no número de casos, o avanço das tecnologias, como a ressonância magnética, permite que o diagnóstico seja feito com mais precisão e rapidez, facilitando o início precoce do tratamento. A médica destaca que hábitos de vida saudáveis, como alimentação equilibrada, prática regular de atividades físicas e evitar o tabagismo e a obesidade, são fundamentais para diminuir o risco de desenvolver a doença.

O aplicativo “Emvita” foi criado justamente para auxiliar nesse processo, proporcionando um acompanhamento mais próximo do paciente e facilitando o monitoramento dos sintomas. A esclerose múltipla pode se manifestar na forma “remitente-recorrente”, onde os sintomas surgem intercalados com períodos de melhora, que se não tratada adequadamente possui um risco de evoluir com piora dos sintomas independente do surto – “secundariamente progressiva”; ou em casos mais raros (10% do total) com piora progressiva desde o início – forma “primariamente progressiva”. 


“Embora ainda não exista cura para a esclerose múltipla, o tratamento atual tem sido eficaz para melhorar a qualidade de vida dos pacientes. Principalmente porque o início de tratamento com medicamentos de alta eficácia permitem um controle adequado, atrelado também a segurança dos medicamentos”, afirma Davi.


“O objetivo do Emvita é dar ao paciente domínio do entendimento e controle dos seus sintomas diários, garantindo o que é pilar no acompanhamento do NNI – protagonismo”, afirma Richter. “Com o app em mãos, os pacientes tem mais uma ferramenta para acompanhar sua condição e colaborar para um tratamento mais eficaz.”